07/05/2020

Taxa Selic cai para 3%: É hora de investir em imóveis?

Estamos navegando em águas agitadas em função da pandemia da Covid-19. E nesse mar também de incertezas, o que podemos observar no mercado imobiliário?

Compra, venda ou o aluguel precisam ser bem analisados, já que algumas opções podem ser mais atrativas do que outras, dependendo da situação e do objetivo de cada pessoa.

O professor do Instituto Soleil de Pesquisa (Insper), Michael Viriato, em entrevista ao Portal Estadão, diz que para quem tem dinheiro para investir, essa é a oportunidade de fechar uma boa compra.

O momento se alia à redução da taxa básica da economia. Nesta última quarta-feira, dia 6, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) reduziu a Selic em 0,75 ponto porcentual, de 3,75% para 3% ao ano. Esse é o sétimo corte consecutivo da taxa no atual ciclo, após período de 16 meses de estabilidade. Com isso, a Selic está agora em um novo piso da série histórica do Copom, iniciada em junho de 1996.

Para o gerente Comercial da Olimóveis Urbanismo, Felipe Lazzeri, essa baixa da Selic proporciona um cenário de pesquisas mais assertivas para um bom investimento. “A rentabilidade em aplicações financeiras perde espaço com a baixa dos juros e, com isso, o setor imobiliário ganha mais visibilidade dentre os investimentos preferidos dos brasileiros. A compra de um terreno, por exemplo, passa a ser um tangível seguro quando comprado de forma correta e devidamente documentado. Ele se torna uma boa moeda de troca e passa a valorizar com o passar dos anos, além do baixo custo de manutenção que representa para o investidor”, lista Lazzeri.

É seguro investir em um imóvel na crise?

Adquirir um imóvel neste momento é um bom investimento, mas é necessária uma pesquisa em busca de opções. A busca, inclusive, vem sendo facilitada pelas empresas que apostam no digital para fechar negócios.

O professor Viriato complementa que quem possui capital disponível para comprar à vista deve aproveitar essa condição na aquisição de imóveis. Além disso, em períodos de tantas variações econômicas, um imóvel não possui a volatilidade da Bolsa de Valores, por exemplo, tornando-se um investimento seguro e com alta capacidade de valorização.

Aqueles que não dispõem de capital para arrematar um imóvel à vista acabam recorrendo aos financiamentos bancários. Embora o período exija cautela em função do cenário economicamente fragilizado, como vimos as taxas de juros praticadas pelos bancos estão em queda, o que configura um momento oportuno até mesmo para compras com financiamento – levando em consideração, é claro, a sua estabilidade no trabalho para assumir uma dívida de longo prazo.

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