19/06/2020

Queda da Selic traz juro negativo para a renda fixa e valorização do imóvel

Não foi surpresa para o mercado financeiro o recuo da taxa básica da economia, a Selic, para 2,25% ao ano, na última quarta-feira, dia 17. O corte de 0,75 ponto porcentual no juro básico, em um cenário de uma inflação cada vez mais baixa, teve o respaldo do comportamento do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de maio, que apontou uma variação negativa de preços ou deflação de 0,38%.

A Selic é o instrumento que o Banco Central tem para o controle da inflação. Quando os preços caem, a taxa recua e, em cenário de alta, o juro sobe. Presume-se, como tal, que o juro básico corrente estaria calibrado para uma inflação de 4% ao ano, centro da meta inflacionária fixada para 2020.

O IPCA estimado pelo mercado financeiro para este ano, contudo, está bastante abaixo dessa meta inflacionária. Dados do boletim Focus apontam para uma inflação projetada de 1,60%, o que deixaria folgado espaço para cortes mais agressivos da Selic – no ano, em cinco meses, existe uma inflação negativa ou deflação acumulada de 0,16%.

A calibragem da Selic, embora mire a inflação, é uma decisão que afeta diretamente o rendimento das aplicações em renda fixa. Um segmento do mercado de investimentos que vê o rendimento ir à míngua a cada redução do juro básico – a Selic é a taxa de referência para o cálculo da rentabilidade de aplicações como CDB, fundos de renda fixa e caderneta.

Com a Selic em 2,25% ao ano, a poupança passará a render 1,58% ao ano ou 0,15% ao mês – o rendimento da caderneta de poupança equivale a 70% do juro básico. A remuneração de CDB e fundos de renda fixa e DI, que tem a Selic como referência, não ficaria muito diferente disso.

À medida que a taxa básica cai, o rendimento nominal da renda fixa vai cada vez mais ao chão e, a esses níveis, as aplicações mais tradicionais desse segmento passarão a proporcionar juro real negativo (abaixo da inflação). No caso da caderneta de poupança, por exemplo, que vai pagar 1,58% ao ano, o dinheiro do investidor não terá proteção frente a uma inflação de 1,60%, como estima o mercado para este ano.

Fonte: Portal Estadão.

E onde ficam os imóveis nesse cenário?
Investir em imóveis neste momento garante tranquilamente um ganho maior ao ano, levando em conta que imóveis com boa infraestrutura e qualidade tendem a valorizar muito mais e, ainda, não possuem a volatilidade dos mercados financeiros, por exemplo.

A localização e entorno desses imóveis também precisa ser observada com mais atenção, principalmente no novo normal pós-pandemia. Um levantamento do braço de pesquisa do escritório dinamarquês Gehl Architects aponta que a pandemia promoveu mudanças nos hábitos e sugere mudanças para as cidades também.

Entre essas mudanças está o deslocamento para utilização de espaços públicos – as pessoas passaram a utilizar as áreas próximas de casa quando precisam quebrar o isolamento social, seja para compras, serviços essenciais ou para exercícios físicos. Então investir em um imóvel que proporcione isso é levar em conta sua valorização daqui por diante.

Parque Romano, o coração do Loteamento Villa Romana, em Flores da Cunha.

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