19/01/2017

Cidades ativas

Algumas iniciativas são exemplares no quesito “transformar o mundo”. Às vezes, não importa a abrangência, o tamanho de um projeto, mas o impacto que ele possui onde está implantado. Algumas iniciativas locais ou globais têm uma função super importante e envolvente, com o objetivo de somar pessoas na criação de um mundo melhor.

O Active Design é um desses projetos. Conforme os entusiastas, urbanismo e medicina têm tudo a ver. O conceito pensa como as cidades podem ser desenhadas para promover estilos de vida mais saudáveis.

O movimento começou em Nova York, quando a prefeitura percebeu que poderia utilizar o urbanismo para criar uma cidade mais ativa e, com isso, reduzir os gastos de saúde combatendo doenças que eram causadas pelo sedentarismo e obesidade.

A ideia é revolucionar o conceito de cidade por meio de medidas simples – a reforma de uma calçada ou escadaria, a criação de uma ciclovia, a melhoria na acessibilidade a parques e outras áreas públicas, o cuidado com a iluminação, uma fonte de água disponível a todos. Por meio dessas mudanças, o projeto quer convidar as pessoas a caminhar, correr, pedalar, incorporar a atividade física ao seu cotidiano.

O Active Design foca na nossa relação com a cidade e da cidade com nosso corpo. “Há uma série de medidas que podem ser tomadas para melhorar as calçadas e incentivar as caminhadas; pensar nas estruturas para bicicletas ou ainda promover alimentações mais saudáveis”, argumenta Gabriela Callejas, que trabalhou com active design em Nova York e agora traz o conceito para o Brasil com sua ONG, a Cidade Ativa.

Como se usa o active design em uma cidade?
O manual norte-americano de active design traz algumas ideias e princípios testados ao redor do mundo que mostraram eficiência. Do ponto de vista do design urbano, essas são as metas que os urbanistas devem seguir caso queiram construir uma cidade mais ativa:

♦ Desenvolver e manter lugares de uso misto nas vizinhanças da cidade;
♦ Melhorar o acesso a lugares para transitar;
♦ Melhorar o acesso a lugares como shoppings, parques, espaços abertos e espaços de recreação;
♦ Melhorar o acesso a lugares com alimentação saudável;
♦ Criar ruas acessíveis, seguras, amigáveis ao pedestre, com boa iluminação e fontes de água;
♦ Facilitar o ciclismo para recreação e transporte desenvolvendo redes de bicicletas e estruturas seguras para pedalar;
♦ Incentivar o uso de escadas oferecendo acesso e segurança nas escadarias;
♦ Promova a caminhada entre diversos ambientes;
♦ Ofereça dispositivos como chuveiros públicos, armários, bebedouros, locais para guardar a bike e outros que incentivem a prática de exercícios;
♦ Crie construções com espaços exteriores abertos, amigáveis, transparentes e que incentivem a caminhada;

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