25/10/2019

Alterações climáticas: não estamos distantes delas

O relatório ‘Cidades em risco’ analisou 620 cidades de todo o mundo e concluiu que 85% já experienciam impactos reais decorrentes das alterações climáticas. Apenas 46% das cidades realizam avaliações de vulnerabilidades, mas as que o fizeram tomam medidas efetivas seis vezes mais do que aquelas que não o fizeram. O relatório, da CDP – organização sem fins lucrativos que se dedica à gestão e análise de impactos ambientais –, foi lançado na última terça-feira, dia 22 de outubro.

Num lote de 620 cidades globais, 530 – representando uma população combinada de 517 milhões de pessoas – relataram riscos climáticos e já sente impactos reais em resultado das alterações climáticas, tais como inundações, secas ou calor extremo. No Brasil, algumas das cidades contabilizadas são Fortaleza, João Pessoa, Londrina, Rio de Janeiro e, no Rio Grande do Sul, São Leopoldo e Porto Alegre.

Tendo por base dados de 2018, o relatório agora tornado público revela as três principais categorias de riscos atualmente enfrentados pelas cidades avaliadas: inundações, com 71% das cidades a reportar este risco; o calor extremo, com 61%; e as secas, com 36%. Foram ainda reportados riscos sociais: 40% das cidades demonstra um aumento do risco associado às populações já anteriormente vulneráveis, assim como um aumento da procura de serviços públicos como a saúde (33%) e o aumento da incidência e prevalência de doenças (25%).

Entre as ações de adaptação às alterações climáticas mais levadas a cabo pelas cidades, destacam-se as iniciativas relacionadas a prevenção de cheias (26%) e a gestão de crises, que contempla a implementação de sistemas de aviso e evacuação (20%).

Por Frederico Raposo, publicado por smart-cities.pt

Compartilhar: